quinta-feira, 24 de abril de 2008



you came on like a punch in the heart #2


o Nick Cave data de temos tão remotos na minha vida musical que a memória das primeiras audições evoca uma época em que ainda lia a colecção Triângulo Jota. decorria o ano de 1992 da graça do Senhor, o Henry's Dream acabadinho de sair. bem sei que cada coisa é uma coisa e que cada maravilha é sempre a única maravilha e que o amor é sempre uma coisa do princípio e do fim do mundo. mas ainda assim não é hipérbole nem falta à verdade se constatar que não me lembro de outra coisa assim. uma epifania completa: you came on like a punch in the heart. foram precisos 16 anos (mais de metade da minha vida) para ver como era aquele rock, aquela fúria, assim de perto. e agora, percorrer assim os caminhos tortuosos, ramificados, intrincados, a que conduzem estas músicas, é como um súbito alívio de agarrado. o corpo expande-se em interna descompressão. coladas a essas músicas, há toda a parafernália de recordações da entrada abrupta nos vintes, as aulas de desenho, as festas de fim de semestre, a evidência do verão à chegada de Junho, os jardins ociosos das Belas Artes, o sol, as noites, os perfumes, os rostos que beijei, meu deus, os rostos que desejei beijar, muitas tardes passadas no quarto pequeno, com pouca luz, a imaginar encontros, a fantasiar futuros, a carpir as mágoas habituais, sem saber muito bem que ordem havia na desordem completa do mundo, mas sabendo que havia uma música que era um farol e que dizia estoicamente the mercy seat is waiting/ and I think my head is burning/ and in a way I'm yearning/ to be done with all this measuring of truth./ an eye for an eye/ a tooth for a tooth/ and anyway I told the truth/ and I'm not afraid to die. muitas tardes que se transformaram em noites. noites que se transformaram em pessoas. pessoas que se transformaram em paixões. paixões que se transformaram naquilo que me lembro daquilo que sou. how fucking romantic. acho que chegou a minha vez. se eu fosse um vídeo, seria este:








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posted by saturnine | 00:34 | 4 Comentários


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quarta-feira, 23 de abril de 2008



you came on like a punch in the heart*




eu não me contentaria com nada menos do que o melhor. não me contentaria com menos do que ter a certeza que aquele olhão azul estava mesmo ali a azular. estava tão perto que os perdigotos do senhor me acertavam.

morri ali pelo menos uma ou duas vezes. mas a mensagem estava por todo o lado: dig yourself. e regressei. de coração abalroado. não há escala para isto, não é tão bom quanto melhor que muito pior ainda que. é só uma evidência absolutamente necessária: um grande amor à espera de ser cumprido. não havia tempo que bastasse para tudo o que havia para ser dito. mas houve verdade suficiente para que os anos se condensassem de súbito em breves instantes. os rostos que eu percorri, meu dEUS, as memórias. uma vida inteira ali dentro, uma vida inteira carregada de gente, de histórias dentro de músicas dentro de histórias. não era preciso muito para que fosse um concerto bestial: o essencial eu levo sempre comigo. e eu, que sou assumidamente uma "Henry's Dream" / "Let love in" kind of girl e que sempre achei que era quase imperdoável a irremediabilidade da passagem do tempo, dei por mim a gostar deste homem-grinderman. é-se o que se é, o tempo todo não nos pertence. ficamos com o pouco que nos calha. e ainda assim, por vezes, é tão mais do que aquilo que deveríamos esperar.





* Jesus of The Moon





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posted by saturnine | 03:41 | 7 Comentários


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sexta-feira, 18 de abril de 2008



on being the woman who could not live with her faulty heart


foi a lebre que me serviu o prato. o mundo passou a fazer subitamente muito mais sentido desde o dia em que Margaret Atwood passou a constar do meu livro de citações internas de emergência. assumi um epíteto.

há uma certa ordem subjacente a todas as coisas, incluindo ao caos de uma vida, tudo espera o momento para se revelar e em cada revelação, ao olho atento, se mostram as intricadas ramificações de ligações que atribuem significância ao universo em redor. há uma luta corpo-a-corpo, de dentro para fora e de fora para dentro, de um corpo consigo próprio. uma sucessão truculenta de mútuos ataques, investidas, atraiçoamentos, reconciliações. em pano de fundo, existe a morte, muda, silenciosa, impenetrável, mediadora: é, pois, uma luta até à morte.

este é o meu objecto de estudo (e a Margaret Atwood enuncia-o). para efeitos de elucubração neste post, nomeio-me primeira cientista das poéticas corporais.

o que eu não sabia, então, é que há poemas que têm duas cabeças* e eu tinha ainda uma para descobrir. finalmente, chegou-me isto pelo correio:




e assim, eu, que não consigo viver com o meu coração defeituoso, constato:



The Woman Makes Peace with Her Faulty Heart

It wasn't your crippled rhythm
I could not forgive, or your dark red
skinless head of a vulture.

but the things you hid:
five words and my lost
gold ring, the fine blue cup
you said was broken
that stack of faces, gray
and folded, you claimed
we'd both forgotten,
the other hearts you ate,
and all that discarded time you hid
from me, saying it never happened.

There was that, and the way
you would not be captured,
sly featherless bird, fat raptor
singing your raucous punctured song
with your talons and your greedy eye
lurking high in the molten sunset
sky behind my left cloth breast
to pounce on strangers.

How many times have I told you:
The civilized world is a zoo,
not a jungle, stay in your cage.
And then the shouts
of blood, the rage as you threw yourself
against my ribs.

As for me, I would have strangled you
gladly with both hands,
squeezed you closed, also
your yelps of joy.

Life goes more smoothly without a heart,
without that shiftless emblem,
that flyblown lion, magpie, cannibal
eagle, scorpion with its metallic tricks
of hate, that vulgar magic,
that organ the size and color
of a scalded rat,
that singed phoenix.

But you've shoved me this far,
old pump, and we're hooked
together like conspirators, which
we are, and just as distrustful.
We know that, barring accidents,
one of us will finally
betray the other; when that happens,
it's me for the urn, you for the jar.
Until then, it's an uneasy truce,
and honor between criminals
.


Margaret Atwood in *Two-Headed Poems






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posted by saturnine | 23:54 | 3 Comentários


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quarta-feira, 16 de abril de 2008



morto amado nunca mais pára de morrer *


aquilo que nos acontece, nunca simplesmente aconteceu. é perpetuum mobile, nunca mais pára de acontecer. Abril dura para sempre. não nos separamos do tempo que passa. uma ferida passada é um nenúfar no peito. diariamente desabrocha as suas pétalas de estilete.



* Mia Couto











What you did to me made me
See myself something different
Though I try to talk sense to myself
But I just won't listen

Won't you go away
Turned yourself in
You're no good at confession
Before the image that you burned me in
Tries to teach you a lesson

What you did to me made me see myself somethin' awful
A voice once stentorian is now again meek and muffled
It took me such a long time to get back up the first time you did it
I spent all I had to get it back, and now it seems I've been outbidded

My peace and quiet was stolen from me
When I was looking with calm affection
You were searching out my imperfections


What wasted unconditional love
On somebody
Who doesn't believe in the stuff

You came upon me like a hypnic jerk
When I was just about settled
And when it counts you recoil
With a cryptic word and leave a love belittled

Oh what a cold and common old way to go
I was feeding on the need for you to know me
Devastated at the rate you fell below me

What wasted unconditional love
On somebody
Who doesn't believe in the stuff

Oh, well


Fiona Apple






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posted by saturnine | 01:52 | 1 Comentários


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segunda-feira, 14 de abril de 2008



insensatez já não mora aqui






pois é. a insensatez já não mora ali. mudamos as nossas saturninas traquitanas todas para aqui. ou estamos em mudanças, pronto. mas estamos a chegar lá. venham ver-nos, please. we have cookies.



























© lbs productions






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posted by saturnine | 02:55 | 9 Comentários


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sexta-feira, 11 de abril de 2008



April was the cruelest month #3


(ou o díptico poético-terrorista)


o que eu espero é que passem as águas mil, que o Bill Evans* prevaleça, que Maio seja purgante e eu possa regurgitar o mal de Abril como uma bola de pêlo que me pesa no interior do corpo e o entope como um tapume, que o silêncio dos livros seja mais forte e volte a escutar-se: que por estes dias um bicho escala-estantes sofre, entupido, acanhado, não lendo senão a cartografia cutânea dos seus pulsos magoados.





ou isso, ou que possa entretanto abrir à naifada a goela à chèvre desta infeliz e tipicamente idiota sopeira que, atrás de mim, cacareja incessantemente como se eu me importasse a ponta de um corno saber que lhe dói a unha do pé (ou quaisquer outras maleitas quotidianas de que possa sofrer, que eu cá sou quase surda, tudo o que não me interessa soa sempre à fala indistinta da professora do Charlie Brown).







* you must believe in spring

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posted by saturnine | 21:37 | 6 Comentários


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quarta-feira, 2 de abril de 2008



April was the cruelest month #2




© lbs | sintra | 2008





era o Rui Pires Cabral que dizia, nas minhas mãos, numa música antológica (& onze cidades), num café da rua de Ceuta, num Abril passado: "sem deixar eco qualquer coisa ruía." desde então, alguns dias antes, um sopro mais aflito, uma respiração mais dificultada, um vago torpor só muito subtilmente pressentido. começa a doer-me Abril lentamente por todo o corpo. até hoje, nunca mais parei de ressentir-me do eco dessa qualquer coisa que ruía sem eco num Abril passado. se olho para dentro, constato: tenho uma nódoa negra no coração.



Sempre que eu abrir as portas
para o teu tempo, comerei o pó dos dólmens
nos cantos da tua boca, em julho
entre o arvoredo.

Mais valia que não me tivesses salvo
nessa altura, o coração não me basta
e ainda se ressente
.


Rui Pires Cabral | Boo Boo's Gone Mambo






© lbs | sintra | 2008






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posted by saturnine | 00:24 | 7 Comentários


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terça-feira, 1 de abril de 2008



Good ol’ rythm’n’blues or the ex-factor on some casual late night thinking


I wear black on the inside





© lbs | aveiro | 2007




It could all be so simple
But you'd rather make it hard
Loving you is like a battle
And we both end up with scars
Tell me, who I have to be
To get some reciprocity
No one loves you more than me
And no one ever will

Is this just a silly game
That forces you to act this way
Forces you to scream my name
Then pretend that you can't stay
Tell me, who I have to be
To get some reciprocity
No one loves you more than me
And no one ever will


No matter how I think we grow
You always seem to let me know
It ain't workin'

And when I try to walk away
You'd hurt yourself to make me stay
This is crazy


I keep letting you back in
How can I explain myself
As painful as this thing has been
I just can't be with no one else
See I know what we got to do
You let go and I'll let go too
'Cause no one's hurt me more than you
And no one ever will


Lauryn Hill | Ex-Factor | The Miseducation of Lauryn Hill









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posted by saturnine | 23:57 | 2 Comentários


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spot player special




"us people are just poems"
[ani difranco]


*

calamity.spot[at]gmail.com



~*. through the looking glass .*~




little black spot | portfolio
Baucis & Philemon | tea for two
os dias do minotauro | against demons
menina tangerina | citrus reticulata deliciosa
the woman who could not live with her faulty heart | work in progress
pale blue dot | sala de exposições
o rosto de deus | fairy tales








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~*. rearview mirror .*~


maio 2003 . junho 2003 . julho 2003 . agosto 2003 . setembro 2003 . outubro 2003 . novembro 2003 . dezembro 2003 . janeiro 2004 . fevereiro 2004 . março 2004 . abril 2004 . maio 2004 . junho 2004 . julho 2004 . agosto 2004 . setembro 2004 . outubro 2004 . novembro 2004 . dezembro 2004 . janeiro 2005 . fevereiro 2005 . março 2005 . abril 2005 . maio 2005 . junho 2005 . julho 2005 . agosto 2005 . setembro 2005 . outubro 2005 . novembro 2005 . dezembro 2005 . janeiro 2006 . fevereiro 2006 . março 2006 . abril 2006 . maio 2006 . junho 2006 . julho 2006 . agosto 2006 . setembro 2006 . outubro 2006 . novembro 2006 . dezembro 2006 . janeiro 2007 . fevereiro 2007 . março 2007 . abril 2007 . maio 2007 . junho 2007 . julho 2007 . agosto 2007 . setembro 2007 . outubro 2007 . novembro 2007 . dezembro 2007 . janeiro 2008 . fevereiro 2008 . março 2008 . abril 2008 . maio 2008 . junho 2008 . julho 2008 . agosto 2008 . setembro 2008 . outubro 2008 . novembro 2008 . dezembro 2008 . janeiro 2009 . fevereiro 2009 . março 2009 . abril 2009 . maio 2009 . junho 2009 . julho 2009 . agosto 2009 . setembro 2009 . outubro 2009 . novembro 2009 . dezembro 2009 . janeiro 2010 . fevereiro 2010 . março 2010 . maio 2010 . junho 2010 . julho 2010 . agosto 2010 . outubro 2010 . novembro 2010 . dezembro 2010 . janeiro 2011 . fevereiro 2011 . março 2011 . abril 2011 . maio 2011 . junho 2011 . julho 2011 . agosto 2011 . setembro 2011 . outubro 2011 . janeiro 2012 . fevereiro 2012 . março 2012 . abril 2012 . maio 2012 . junho 2012 . setembro 2012 . novembro 2012 . dezembro 2012 . janeiro 2013 . janeiro 2014 .


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~*. spying glass .*~


a balada do café triste . ágrafo . albergue dos danados . almanaque de ironias menores . a natureza do mal . animais domésticos . antologia do esquecimento . arquivo fantasma . a rute é estranha . as aranhas . as formigas . as pequenas estruturas do ócio . atelier de domesticação de demónios . atum bisnaga . auto-retrato . avatares de um desejo . baggio geodésico . bananafish . bibliotecário de Babel . bloodbeats . caixa-de-lata . casa de cacela . chafarica iconoclasta . coisa ruim . com a luz acesa . comboio de fantasmas . complicadíssima teia . corpo em excesso de velocidade . daily make-up . detective cantor . dias com árvores . dias felizes . e deus criou a mulher . e.g., i.e. . ein moment bitte . em busca da límpida medida . em escuta . estado civil . glooka . i kant, kant you? . imitation of life . isto é o que hoje é . last breath . livros são papéis pintados com tinta . loose lips sink ships . manuel falcão malzbender . mastiga e deita fora . meditação na pastelaria . menina limão . moro aqui . mundo imaginado . não tenho vida para isto . no meu vaso . no vazio da onda . o amor é um cão do inferno . o leitor sem qualidades . o assobio das árvores . paperback cell . pátio alfacinha . o polvo . o regabofe . o rosto de deus . o silêncio dos livros . os cavaleiros camponeses no ano mil no lago de paladru . os amigos de alex . Paris vs. New York . passeio alegre . pathos na polis . postcard blues . post secret . provas de contacto . respirar o mesmo ar . senhor palomar . she hangs brightly . some variations . tarte de rabanete . tempo dual . there is only 1 alice . tratado de metatísica . triciclo feliz . uma por rolo . um blog sobre kleist . vazio bonito . viajador


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~*. the bell jar .*~



os lugares comuns: against demons . all work and no play . compêndio de vocações inúteis  .  current mood . filosofia e metafísica quotidiana . fruta esquisita menina aflita . inventário crescente de palavras mais-que-perfeitas . miles to go before I sleep . música no coração  .  música para o dia de hoje . o ponto de vista dos demónios . planos para dominar o mundo . this magic moment  .  you came on like a punch in the heart . you must believe in spring


egosfera: a infância . a minha vida dava um post . afirmações identitárias . a troubled cure for a troubled mind . april was the cruellest month . aquele canto escuro que tudo sabe . as coisas que me passam pela cabeça . fruto saturnino (conhecimento do inferno) . gotham style . mafarricar por aí . Mafia . morto amado nunca mais pára de morrer . o exílio e o reino . os diálogos imaginários . os infernos almofadados . RE: de mail . sina de mulher de bandido . the woman who could not live with her faulty heart . um lugar onde pousar a cabeça   .  correio sentimental


scriptorium: (des)considerações sobre arte . a noite . and death shall have no dominion . angularidades . bicho escala-estantes . do frio . do medo . escrever . exercícios . exercícios de anatomia . exercícios de respiração . exercícios de sobrevivência . Ítaca . lunário . mediterrânica . minimal . parágrafos mínimos . poemas . poemas mínimos . substâncias . teses, tratados e outras elocubrações quase científicas  .  um rumor no arvoredo


grandes amores: a thing of beauty is a joy forever . grandes amores . abraços . Afta . árvores . cat powa . colectânea de explicações avulsas da língua portuguesa  .  declaração de amor a um objecto . declaração de amor a uma cidade . desolação magnífica . divas e heróis . down the rabbit hole . drogas duras . drogas leves . esqueletos no armário . filmes . fotografia . geometrias . heart of darkness . ilustraçãoinício . matéria solar . mitologias . o mar . os livros . pintura . poesia . sol nascente . space is the place . the creatures inside my head . Twin Peaks . us people are just poems . verão  .  you're the night, Lilah


do quotidiano: achados imperdíveis . acidentes quotidianos e outros desastres . blogspotting . carpe diem . celebrações . declarações de emergência . diz que é uma espécie de portfolio . férias  .  greves, renúncias e outras rebeliões . isto anda tudo ligado . livro de reclamações . moleskine de viagem . níveis mínimos de suporte de vida . o existencialismo é um humanismo . só estão bem a fazer pouco


nomes: Aimee Mann . Al Berto . Albert Camus . Ana Teresa Pereira  . Bauhaus . Bismarck . Björk . Bond, James Bond . Camille Claudel . Carlos de Oliveira . Corto Maltese . Edvard Munch . Enki Bilal . Fight Club . Fiona Apple . Garfield . Giacometti . Indiana Jones . Jeff Buckley  .  Kavafis . Klimt . Kurt Halsey . Louise Bourgeois . Malcolm Lowry . Manuel de Freitas . Margaret Atwood . Marguerite Duras . Max Payne . Mia Couto . Monty Python . Nick Drake . Patrick Wolf  .  Sophia de Mello Breyner Andresen . Sylvia Plath . Tarantino . The National . Tim Burton


os outros: a natureza do mal . amigos . dedicatórias . em busca da límpida medida . retalhos e recortes



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